terça-feira, 2 de agosto de 2011

Sem mais adjetivos

Enigmatico é o Rio de janeiro

lindíssimas moças
elegantíssimas moças
prisioneirissimas moças
trem
metrô
buzu
azuuuul
o ixqueiro na ixquina da ixcola!
simpatia latente,
infinitas possibilidades.
cidade com curvas
de mulher

a beleza: evidente,escrachada
sem o mínimo pudor

o que está por trás, frente,
lado, verso?

imploro-te perdão: não te devorei,
majestosa.

entre nós sobrevive a promessa.
ainda te farei desnuda

e assim dispo-te
dos vãos adjetivos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

corista de rock- tutti frutti

Disseram que o palco não é mais aquele lugar
Mas do jeito que a gente me olha de frente
Como eu vou parar?
Pois eu sou corista num grupo de rock
Que tem pra valer
Um ponto de vista que não se limita
De ser ou não ser
Prefiro ser os dois

Não venha me dizer do meu compromisso
Com isso ou aquilo
Se o que a gente quer
Não deixa de ser um belo motivo
Pra se festejar de modo indiscreto
O que vai nascer
E todas as estórias
Que o mundo imagina pra sobreviver
Prefiro não saber

O que eu era ou sou por enquanto
É tudo aquilo que eu digo e canto
Com um pouco de espanto
Num palco ou num canto

terça-feira, 12 de abril de 2011

Homo Infinitum

A Arte
           não deve revolução
           não deve.
           não deve nada ao não.


           pode


           tudo.
           devir: etc,etc,etc...
           inclusive,
           revolução

                            O Homo Duplex-
                            porquê duplex
                            assegura á arte
                            o livre dançar:
                                                 seu interior:
                                                 Homo Infinitum

Há quem faça da vida
um mínimo universo

domingo, 20 de fevereiro de 2011

(Isso)

Isso.
Isso.
Aquilo também:
ismos e aquilos.
E mais aquele outro
isso.
Ils font que compassar
bendita
solidão
maldita solidão
com indelével
esperança lasciva.
minh'alma sofrida
inventa (isso)
para sobreviver.

poema enrustido no armário

saio do armário.
se perguntarem,
sou poeta.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Bilhete ao hipócrita

Prefiro a violência nua
ás embalagens coloridas com que se esconde
sempre
a mesma coisa suja


(adaptado de Rogério Duarte)

Bilhete á filósofos e poetas

Necessidade não de trabalhar para conseguir  dinheiro
Mas de conseguir dinheiro para trabalhar



(adaptado de Rogério Duarte)